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Número de casos de Febre Oropouche cresce 50% em uma semana na Bahia

Foto: Reprodução

Na última quarta-feira (10), foi confirmado o primeiro caso de febre Oropouche em Salvador, pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). O que chama atenção é que, em anos anteriores, não houve confirmações da doença pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). As informações são da Voz da Bahia. Agora, segundo dados atualizados do laboratório, já são 49 casos confirmados da doença na Bahia neste ano. O paciente diagnosticado em Salvador esteve na cidade com maior número de registros no estado, que é Teolândia, com 23 casos confirmados. Há ainda registros em Valença (10), Laje (10), Mutuípe (02) e Taperoá (02). Os números demonstram um aumento de 50% em menos de uma semana, comparando com o último boletim divulgado pela Sesab na última sexta-feira (05). A Sesab relatou que, até o momento, não há registros de transmissão direta da doença entre pessoas. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado está investigando o cenário da doença no estado e, apesar dos casos confirmados, considera que não há indicação de uma ameaça iminente à saúde pública.  Em conversa com o Metro1, o médico infectologista Roberto Badaró explica que esta é uma virose muito parecida com a dengue, mas transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. “É muito mais comum em zonas rurais. A Febre do Oropouche é uma febre antiga e não tem a gravidade da dengue, não causa doença hemorrágica, mas em alguns casos, muito raros, pode causar encefalite e raramente pode ir para o sistema nervoso central”, destaca Badaró. De acordo com o infectologista, o tratamento é simples e envolve medicamentos sintomáticos, como analgésicos. “Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dor no corpo, dores abdominais, às vezes, a pessoa fica com moleza. Mas não tem sintomas respiratórios, então essa é uma diferença, é como se fosse um caso de dengue, um quadro de uma doença viral”, descreve. Badaró ressalta ainda que, por ter sintomas semelhantes aos de outras arboviroses, é necessário um diagnóstico preciso. Ainda não há tratamento específico para a Febre do Oropouche, por isso a Secretaria de Saúde do estado reforça a necessidade da população continuar com as medidas preventivas contra picadas de mosquitos, como uso de repelentes e roupas que minimizem a exposição da pele, além de procurar orientação médica se necessário.

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