A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com 648 ações judiciais para cobrar um total de R$1,1 bilhão de infratores ambientais. A iniciativa marca o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado na quarta-feira (05). Ao todo, 32 ações civis públicas cobram R$800 milhões de responsáveis pelo desmatamento de 29,5 mil hectares nos biomas da Amazônia, Cerrado e Pantanal. Também há 616 ações para cobrar R$306 milhões em multas aplicadas a infratores pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Em uma das ações, duas empresas responsáveis pelo desmatamento de 6,7 mil hectares de Cerrado no município de Jaborandi, na Bahia, são cobradas em R$153 milhões. Apesar da área ter sido interditada pelo Ibama, ela continuou a ser explorada. Além da indenização, a AGU pede a recuperação da vegetação do local, ressarcimento do lucro obtido com a exploração ilícita da área e, em caráter liminar, o bloqueio de bens das infratoras e a proibição de que tenham acesso a linhas de crédito de instituições financeiras públicas. A ação de maior valor envolve crédito de R$ 101 milhões devido ao Ibama por infrator que destruiu, por meio de queimadas, mais de 5 mil hectares da Floresta Amazônica no município de Altamira (PA), em 2012.
