O Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan) visitou na última terça-feira (3) o sítio arqueológico pedra do sobradinho, que fica na comunidade de Itaguaçu, zona rural de Livramento de Nossa Senhora. De acordo com Luciano de Souza, técnico da área de arqueologia do Iphan, o sítio já é cadastrado no Iphan e a fiscalização, que acontece de vez em quando, é apenas para constatar se o local segue preservado.
“O Iphan é responsável por preservar, mas a sociedade e o município têm essa responsabilidade também. O Iphan é o órgão responsável por verificar a situação em que os sítios se encontram”, disse em entrevista à Rádio Portal Sudoeste nesta quinta-feira (5).
Conforme Luciano, é feito o cadastro do Sítio na base de dados do órgão e sempre que tem algum empreendimento nas proximidades é realizada a verificação in loco. “A gente sempre checa se o empreendimento vai causar algum impacto ou não. Precisamos saber se ele ta bem preservado”, completou.
Luciano também enfatizou que o Sítio de Itaguaçu, não diferente dos demais, é muito importante, para conhecimento e para o turismo. “Livramento também tem outros Sítios com potencial, mas esse tá bem preservado, porque tá bem escondidinho. As vezes vemos que destroem, têm pixação, mas não é o caso desse de Itaguaçu”, acrescentou.
Ainda de acordo com técnico, os Sítios não precisam de nenhuma ação do Iphan para serem protegidos, porque já são protegidos por lei. “É um bem da união e não se pode destruir. Mesmo ele desconhecido, não pode destruir independentemente de ser tombado ou não, se é cadastrado no Iphan ou não. O tombamento ocorre se você tem um monumento histórico de muita relevância”, detalhou.
Luciano afirmou que o Iphan tem se preocupado muito também com relação às queimadas. “Vamos participar de um evento em novembro, justamente pra falar sobre isso. A gente se preocupa muito. Geralmente os Sítios estão na natureza, cobertos de vegetação e se pega fogo na vegetação acaba realmente impactando na sua preservação”, finalizou.