
O Bradesco anunciou o fechamento da única agência bancária de Rio do Pires, no interior da Bahia. A decisão, que entrará em vigor no dia 21 de junho, pegou de surpresa moradores, comerciantes e funcionários. A medida foi tomada sem qualquer diálogo com o Sindicato dos Bancários (SINDBAN) e desconsiderando a dependência da população pelos serviços da unidade. Presente na cidade há mais de 30 anos, desde os tempos do antigo BANEB, a agência desempenhou papel fundamental na economia local, facilitando o acesso a transações financeiras para mais de 10 mil habitantes. Seu fechamento representa um retrocesso no atendimento bancário, especialmente para idosos e pessoas com mobilidade reduzida, que agora precisarão se deslocar a outras cidades para resolver questões simples. O encerramento das atividades preocupa especialmente o setor comercial, que depende do banco para movimentações financeiras, pagamentos e serviços básicos. Lojistas temem prejuízos diretos, com reflexos na arrecadação e na circulação de dinheiro no município. Profissionais que atuam na segurança da agência também vivem a incerteza de perder seus empregos. Estes trabalhadores são responsáveis por garantir a integridade do ambiente bancário e, agora, temem a falta de oportunidades na região, marcada por baixos índices de geração de emprego.Sem apresentar um plano concreto de reorganização do atendimento, o Bradesco pretende transferir clientes e funcionários da agência 3607 para a unidade 3535, em Paramirim, cidade localizada a cerca de 70 km de distância. No entanto, a agência de Paramirim já opera com alta demanda, e há receio de que não suporte o aumento no número de clientes.Diante da situação, moradores e comerciantes iniciam mobilizações para pressionar o banco a buscar soluções viáveis, que garantam o acesso da população aos serviços essenciais. A expectativa é de que o Bradesco reavalie sua decisão ou, ao menos, implemente alternativas funcionais de atendimento presencial ou remoto, antes que os transtornos se agravem.