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Atendimentos por telemedicina no país crescem 172% em 2023 após lei que regulamenta saúde digital

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

As dificuldades para lidar com o atendimento à saúde em um país continental são muitas, em geral envolvendo escassez de recursos, falta de profissionais habilitados e infraestrutura precária em municípios distantes de grandes centros urbanos. Por causa disso, a telemedicina pode ser um trunfo para promover maior acesso e igualdade no atendimento médico à população. No final de 2022, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou a lei que regulamenta a telemedicina no país. Até então, um projeto de lei anterior, de março de 2020, havia permitido a modalidade em caráter emergencial devido à pandemia da Covid. As informações são da Folha de São Paulo. A regulamentação da telemedicina no Brasil, um desejo há anos do setor da saúde, é um marco regulatório que possibilitou o seu avanço de “20 anos em 2”, explica Carlos Pedrotti, gerente médico de telemedicina no Hospital Israelita Albert Einstein. “Hoje, o acesso [à telemedicina] é amplo, muito por um aumento da demanda por atendimentos remotos na pandemia, o que fez evoluir ’20 anos em 2′”, diz Pedrotti. De 2020 até o final de 2022, foram realizadas 11 milhões de consultas via remota, segundo a Fenasaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), que reúne 14 grupos de operadoras de planos de saúde. E, para 2024, o governo federal, por meio do Ministério da Saúde, já alocou R$ 460 milhões para novos projetos envolvendo a saúde digital, segundo a secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad. A expectativa é que mais 50 milhões de teleatendimentos ocorram ainda neste ano.

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