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Seca se agrava no Pantanal, e o Rio Paraguai chega a ficar mais de 3 metros abaixo do esperado 

Joédson Alves/Agência Brasil

As chuvas abaixo do esperado na região do Pantanal e temperaturas mais altas que o esperado agravam a situação hidrológica no Rio Paraguai, que enfrenta o início do período de estiagem com níveis críticos, abaixo da média. Em alguns municípios – como Ladário (MS) e Porto Murtinho (MS) – o nível do rio já está mais de 3 metros abaixo do esperado para o período, conforme indicam dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB), apresentados no último boletim de alerta hidrológico , divulgado na quarta-feira (26). “A estação chuvosa – de outubro de 2023 a abril de 2024 – demorou muito para começar e, além disso, as chuvas observadas foram muito aquém do esperado durante toda a estação chuvosa, o que fez com que a recarga de água nos rios e lagoas do Pantanal não ocorresse da forma esperada. Diante disso, o Rio Paraguai começou a baixar muito cedo. Esse cenário de seca que vemos em junho é típico de agosto ou setembro. Neste período, lagoas e rios deveriam estar ainda cheias”, explica o pesquisador em geociências do SGB, Marcus Suassuna. Conforme as projeções, as mínimas no Rio Paraguai podem ser observadas a partir de agosto, com cotas negativas. Ladário pode atingir, no pico da estiagem, uma cota que varie entre o que ocorreu em 2020, quando foi registrado -32 cm, e o cenário mais grave, observado em 2021, quando o rio chegou a -61 cm. O Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico indica que, em Mato Grosso do Sul, a área com seca aumentou de 79% para 85% do estado entre abril e maio. Essa é a maior área com seca no estado desde setembro de 2022, quando houve seca em 88% do território. Em Mato Grosso,a área com seca se manteve em 84% entre abril e maio. Houve redução da área com seca grave no estado de 26% para 24% entre abril e maio.

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