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Privatização a todo gás: Bahiagás segue sob ameaça de venda com plano de bastidores

Foto: Metropress/Isabelle Corbacho

O tema é tratado dentro do governo do estado como se fizesse parte da lista de assuntos proibidos ou ultrassecretos. Ninguém na equipe do governador Jerônimo Rodrigues (PT) confirma publicamente. Também não descarta. Mas a imensa maioria dos políticos, servidores e especialmente os tubarões do mundo dos negócios tratam a privatização da Bahiagás, seja integral ou apenas parcial, como líquida e certa. A dúvida é somente quando, como, qual tamanho do bolo e por quanto a companhia será colocada à venda no mercado. Os planos da administração estadual de privatizar a Bahiagás não são coisa de agora. Rumores sobre o interesse do governo em transferir para a iniciativa privada o controle acionário da companhia circulam há pelo menos três anos fora dos gabinetes do Executivo e do Legislativo. No entanto, as especulações ganharam corpo em meio à campanha eleitoral de 2022, no rastro de uma publicação no Diário Oficial do Estado de 14 de setembro daquele ano. Mas o recuo era só ilusão. “Uma semana após o segundo turno das eleições do mesmo ano, o edital é novamente republicado, com o mesmo número, o mesmo corpo de texto. Porém, houve uma estratégia equivocada, no sentido de tentar esconder o que acontecia. O título do edital foi alterado. Em vez do que falava em processo de desestatização da Bahiagás, passa a falar apenas de estudos técnicos de consultoria. Não cita a Bahiagás, a desestatização”, emendou. Procurada pela reportagem, a Bahiagás não quis se pronunciar sobre a eventual privatização da empresa. Em entrevista à Rádio Metropole no último dia 18, o diretor-presidente da companhia, Luiz Gavazza, que inclusive vem sofrendo ataques à sua imagem como forma de fortalecer o cenário de privatização, desconversou sobre a possibilidade. “É importante dizer que qualquer processo de privatização ou de movimentação do controle acionário é uma decisão dos acionistas, o acionista do estado da Bahia, que eu represento”, disse, ao citar que o estado detém hoje 75,5% das ações da Bahiagás.

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