A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 2.566 unidades de Dispositivo Eletrônico para Fumar (DEF) nas rodovias da Bahia entre 2022 e 2024. Apenas neste ano, o número ultrapassou 1.000 unidades. Chamados também de vapes ou pods, os cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil, mas podem ser liberados em breve. O assunto foi matéria de capa do Jornal da Metropole desta semana. A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado chegou a colocar a votação da possível deliberação do dispositivo na pauta desta semana, no entanto, foi adiada. Uma possível retomada do assunto está prevista para setembro. Na terça-feira (20), a Associação Médica Brasileira (AMB) e outras 79 entidades médicas, além da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicaram duas cartas contra a regulação dos cigarros eletrônicos no Brasil. Um alerta ligado a esses dispositivos estão atrelados ao aumento de uso por adolescentes. Em entrevista à rádio Metropole, a pneumologista Margareth Dalcolmo, falou sobre os perigosos, ainda mais graves, ligados ao consumo nessa faixa etária. “Os jovens, sobretudo, não têm o controle. Fumam o tempo todo porque o cérebro está dizendo que a dependência química precisa ser atendida. A justificativa do PL é que vamos saber pelo menos o que eles estariam usando. Uma justificativa completamente desconstruída. A outra alegação é arrecadar imposto. Ora, mas você não pode arrecadar imposto à custa da vida de pessoas, sobretudo jovens”, ressaltou a pneumologista. O DEF é tão perigoso à saúde que já existe uma doença atrelada a sua existência. Denominada Evali, a Doença Pulmonar Associada aos Produtos de Cigarro Eletrônico ou Vaping, causa fibrose e outras alterações pulmonares, podendo levar o paciente à UTI, e em alguns casos até à morte, em decorrência de insuficiência respiratória.
