Moradores do Sítio Curupati, em Lençóis, na Chapada Diamantina, prestaram queixa na delegacia da cidade contra servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que supostamente destruíram, no último domingo (21), dez casas e um terreiro de Jarê, prática religiosa de matriz africana que existe exclusivamente na região da Chapada Diamantina. A comunidade alega que uma ação feita pelo órgão federal, desrespeitou um espaço sagrado e que ainda teve cunho racista. A delegacia de Lençóis abriu uma investigação para apurar o caso. Damaré, líder do terreiro, disse que o local foi construído em uma roça que pertencia ao pai dele e que essa terra está sob posse da família há mais de 45 anos, portanto antes da criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Em nota, a Delegacia Territorial (DT/Lençóis) afirmou que “apura uma denúncia registrada por moradores da localidade de Sítio Curupati, na Chapada Diamantina, de que servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) destruíram, na tarde do último domingo (21), casas, móveis e utensílios de pelo menos seis famílias que residem naquela área”. A gestão do Parque Nacional da Chapada Diamantina disse que as ações de fiscalização tiveram o objetivo de coibir irregularidades ambientais dentro da unidade de conservação.
Polícia investiga denúncia de ação do Instituto Chico Mendes que destruiu terreiro na Chapada Diamantina
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