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O SUS descentralizou atendimentos na saúde, diz médico que participou da construção do SUS

Foto: Reprodução/Youtube

O Sistema Único de Saúde (SUS) é o maior sistema público de saúde do país. O sistema que possui mais de 30 anos de existência atende todos os brasileiros, inclusive, os que possuem plano de saúde privado. Na segunda-feira (29) o médico Luiz Santini, um dos autores do “SUS, uma biografia, lutas e conquistas da sociedade brasileira” e um dos envolvidos no programa governamental, foi entrevistado na Rádio Metropole e contou sobre o programa de saúde. Um dos pontos de discussão, foi o aumento da falta de interesse dos médicos na atuação no sistema público de saúde, optando pelo sistema privado. Para Santini, uma das questões diz respeito ao método de financiamento do SUS, que ainda é subfinanciado. “Se compararmos o financiamento do SUS com outros países, até mesmo mais pobre que o Brasil na América Latina, a participação dos estados no custeio de sistemas de saúde desses outros países, percentualmente, em relação ao produto interno bruto dos outros países, é maior que o do Brasil. O Brasil tem uma das menores participações do estado no financiamento da saúde por incrível que pareça. A gente tem o maior sistema público de saúde, mas tem essa questão do financiamento”, explicou.  O médico também destacou a importância do SUS na descentralização do acesso à saúde e no aumento de atendimentos médicos, que com a criação do programa, passou a englobar uma maior quantidade de municípios. Apesar da ampliação, o Santini ponderou que ainda é preciso ampliar esse acesso devido ao surgimento de novas comorbidades na população.  “Quando o sus foi criado houve uma tendência muito forte da descentralização, da municipalização da saúde, isso fez o sus ser capilarizado, chegar a muitas pessoas. No entanto, quando começa a se ter um domínio das doenças crônicas, você começa a ter problemas que por conta do tamanho da população, o município não consegue ter capacidade de atender a todas as necessidades envolvidas. Então você precisa ter unidades regionais para poder atender essas demandas, que ainda estamos caminhando para isso”, destacou. 

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