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Medidas adotadas pelo Estado reduzem em 57% o desmatamento da Mata Atlântica na Bahia

Foto: João Raimundo/Ascom Sema

No Dia Nacional da Mata Atlântica, celebrado hoje (27), o Governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), reforça o compromisso com a adoção de políticas prioritárias voltadas para a conservação deste bioma. Os dados constam no Atlas da Mata Atlântica, divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e indicam que a Bahia registrou uma redução de 57% no desflorestamento em 2023, quando comparado ao mesmo período de 2022. O documento tem o objetivo de determinar a distribuição dos remanescentes da mata atlântica, monitorar as alterações da cobertura vegetal e gerar informações permanentemente atualizadas sobre o bioma. Nesta edição, mostrou a diminuição do desmatamento em grande parte dos 17 estados com incidência do bioma, a Bahia está entre os que mais se destacaram de forma positiva, ao lado de Minas Gerais (57%), Paraná (78%) e Santa Catarina (86%). Dentre as iniciativas para preservação, o secretário da Sema, Eduardo Mendonça Sodré Martins, destaca o lançamento, em 2023, do Bahia +Verde, um programa que tem norteado ações transversais de desenvolvimento sustentável, que incluem metas rigorosas voltadas à preservação de todos os biomas do estado, em especial a mata atlântica: “os números demonstram que as medidas adotadas para intensificar a fiscalização e o monitoramento ambiental estão surtindo resultados significativos. Sabemos dos desafios e que ainda temos um caminho a percorrer até alcançarmos uma das prioridades deste Governo, a meta zero de desmatamento ilegal no estado”. Foram realizadas ações estratégicas, principalmente com o uso de tecnologias para monitorar a cobertura vegetal e subsidiar as fiscalizações. Também foram contempladas atividades para fortalecer e consolidar modelos de gestão integrada e participativa das unidades de conservação (UC), com foco na proteção do patrimônio natural, cultural e histórico dos territórios. “Importante ressaltar neste momento os esforços e trabalho qualificado de todo o corpo técnico do Inema gerando conhecimento e aperfeiçoando as técnicas e práticas, tanto na área de tecnologia da informação quanto nas inspeções em campo e nas análises dos atos autorizativos. As equipes atuaram, em 2023, em parceria com outras instituições no âmbito municipal, estadual e federal, com operações planejadas de fiscalização ambiental, assim como no monitoramento contínuo e na realização de programas de educação ambiental nas UC’s”, pontuou a diretora-geral do Inema, Maria Amélia Lins. Tendo em vista que o monitoramento florestal é um importante instrumento para o enfrentamento do desmatamento ilegal, o Inema ampliou a área de abrangência e trabalhou na modernização do Programa Harpia, uma ferramenta de sensoriamento remoto. O Harpia realiza a coleta e a análise de imagens adquiridas por diferentes satélites e faz o cruzamento com as demais bases de dados do Instituto, como o Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir). O diretor de Fiscalização Ambiental do Inema, Eduardo Topázio, falou sobre as operações realizadas periodicamente, utilizando o apoio do sensoriamento remoto do Programa Harpia e de plataformas nacionais como o MapBiomas e o Deter. “Foram realizadas no último ano, operações robustas, como exemplo as denominadas Mata do Guará, Porto Sul e Harpia, percorrendo as áreas determinadas no Mapa de Aplicação da Lei da Mata Atlântica (11.428/06), contemplando também áreas de preservação permanente (APP) e reservas legais (RL). Com as imagens de satélite conseguimos analisar a movimentação natural da vegetação dos últimos anos e verificar a interferência tanto de corte como de plantio de outras espécies”.

 

 

 

 

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