O Conselho Federal de Medicina (CFM) passou por uma eleição no começo deste mês e elegeu em diversos estados brasileiros nomes que defenderam medicamentos sem eficácia comprovada durante a pandemia e até que questionaram a segurança das vacinas. Para a médica gastroenterologista e professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Luciana Rodrigues, a Medicina vêm sofrendo um processo de polarização que a distancia de seu propósito. “A Medicina passou a ficar polarizada, que distancia a medicina do seu propósito verdadeiro. Existem, sim, médicos com a visão de que a Medicina tem que ser exercida por amor. Mas, por outro lado, vemos que infelizmente alguns médicos tenderam a ficar de um lado longe das evidências científicas, das vacinas que erradicaram doenças”, afirmou em entrevista à Rádio Metropole na quarta-feira (14). Segundo Luciana, a categoria enfrenta diversos problemas gerados por um distanciamento dos profissionais de uma visão crítica essencial para o exercício de suas funções. “A Medicina não é mercadoria, não poder ser vista como uma mercantilização. Estamos vivendo um cenário com problemas graves, do ensino médico, da desvalorização da medicina e das questões relacionadas com grandes operadores assediando médicos. E estamos vivendo situações graves sobretudo pq os médicos se distanciaram de uma visão crítica que é necessária”, pontuou ainda durante sua presença no programa Jornal da Bahia no Ar. Ela ainda afirmou que é dever do Conselho Federal de Medicina, das associações médicas e sociedades, precisam trazer não só para os médicos, mas também para a população, as informações verdadeiras sobre a área da saúde. “Acho que as redes sociais trouxeram informações muito importantes, trouxeram também informações absolutamente negativas para saúde das pessoas”. Junto com o médico Humberto Castro Lima Filho, Luciana foi candidata na eleição do CFM, pela Chapa 1 – Por Amor à Medicina, mas foi derrotada pela Chapa 2 – Em Defesa da Medicina, representada por Maíra Pereira Dantas e Antônio Edson Souza Meira Júnior.
Medicina não pode ser vista como uma mercantilização, afirma médica
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