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Mais de 90% do desmatamento da Amazônia é causado pela criação de pastagens, segundo o MapBiomas

Foto: Léo Otero/MPI

O agro é pop? Entre 1983 e 2023, a abertura de pastagens foi a principal causa do desmatamento da Amazônia. Os dados foram divulgados na quinta-feira (03) pelo MapBiomas. Imagens de satélite analisadas pela rede revelam que, durante esse período, a área de pastagem aumentou em mais de 363%, saltando de 12,7 milhões de hectares para 59 milhões. Isso representa uma expansão de 46,3 milhões de hectares em menos de quatro décadas. Assim, em 2023, os pastos ocupavam 14% da Amazônia. Em outra região da Amazônia,  conhecida como Amacro (um trecho que abrange 45 milhões de hectares no Amazonas, Acre e Rondônia), o crescimento foi ainda mais expressivo. Na região, a área de pastagem se expandiu 11 vezes, resultando na perda de quase toda a vegetação nativa. Entre 1985 e 2023, 13% da perda líquida de vegetação na Amazônia ocorreu na “fronteira do desmatamento”, com mais de 90% das áreas desmatadas inicialmente destinadas à pastagem. A agricultura também contribuiu, atingindo um pico em 2004, quando 147 mil hectares foram desmatados. Contudo, esse número diminuiu significativamente nos anos seguintes, principalmente devido à  proibição da compra da soja.

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