PolíticaNotícias

Indústria siderúrgica anuncia investimento de R$ 100 bilhões no Brasil até 2028

Foto: Ricardo Stuckert/PR

A indústria siderúrgica vai investir R$ 100,2 bilhões no Brasil até 2028. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 20 de maio, por representantes do setor em reunião no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. “Esse país vai voltar a crescer e, junto com o crescimento desse país, a indústria do aço. Para isso, é preciso fazer crescer a indústria automobilística, a da construção civil, a naval, é preciso fazer a Embraer vender mais avião”, afirmou o presidente Lula durante a reunião. Lula citou exemplos de outros anúncios de investimentos que justificam seu otimismo com a economia brasileira. “A indústria automobilística já anunciou investimento de R$ 130 bilhões, dos quais R$ 124 bilhões até 2028 e o restante até 2033. Vocês estão anunciando R$ 100 bilhões agora. Na semana que vem vai ter mais um setor anunciando mais R$ 100 bilhões. O setor energético está anunciando tantos bilhões que eu quero acreditar que vão gerar empregos”, relatou. Já o vice-presidente destacou que o anúncio ocorre após a Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidir, em abril, elevar para 25% o imposto de importação de 11 NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul) de aço e estabelecer cotas de volume de importação para esses produtos – de maneira que a tarifa só sofrerá aumento quando as cotas forem ultrapassadas. O crescimento da importação de aço nos últimos anos gerou ociosidade na indústria siderúrgica nacional e a expectativa é que a medida contribua para reduzir este cenário. “Nós, primeiro, agimos na defesa comercial. Estabelecemos cinco mecanismos antidumping, então foram comprovados os dumpings. E há dez investigações em curso. Além disso, nós fizemos uma medida inédita no Brasil que é cota, ou seja, pegamos a média das importações em 2020, 2021 e 2022, fizemos a média, acrescemos mais 30% e estabelecemos a cota. Até esse valor não tem nenhum aumento de imposto de importação, que no Brasil é em torno de 12%, 13%. Agora, o que passar disso, terá 25% de imposto de importação”, explicou Alckmin em pronunciamento após a reunião.

Enviar: