O Brasil enfrenta atualmente um surto de dengue e, até o último dia 20, foram contabilizados 1,9 milhão de casos prováveis da doença. Incorporada pelo Ministério da Saúde em janeiro no SUS, a vacina contra a dengue é procurada por muitos brasileiros e, atualmente, está disponível para a faixa etária de 10 a 14 anos. Mas, é preciso também ficar atento à imunização contra a covid-19. Embora o cenário da doença não esteja tão grave quanto em 2020, ela ainda é uma ameaça para a saúde pública, contribuindo com o aumento dos óbitos na população brasileira. O Painel Coronavírus aponta que, na semana de 3 a 9 de março, foram registrados 53.873 casos e 277 óbitos pelo vírus. De acordo com o Informe de Vigilância das Síndromes Gripais 10, os números sinalizam uma diminuição de casos e alta dos óbitos em relação à semana anterior. O informe também aponta que a variante JN.1, que é muito transmissível, está em circulação predominante em 22 de 25 unidades federativas. Diante deste cenário, é fundamental reforçar a importância da vacinação contra a covid-19, a melhor forma de prevenção e principal medida contra as formas graves da doença. Vale lembrar que ela está disponível gratuitamente nas unidades de saúde de todo o país. Para iniciar ou completar o esquema vacinal, basta comparecer à unidade de saúde mais próxima. Apesar da eficácia comprovada do imunizante, demonstrada claramente com a redução de casos graves e óbitos nos últimos três anos, apenas 6,2% das crianças de 6 meses a 2 anos de idade são vacinadas. Já nas crianças de 3 a 4 anos, o índice de imunização é de apenas 6,6%. Esses números estão bem abaixo da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde de 90% de cobertura vacinal. Para alcançar esse objetivo, a pasta incluiu, em janeiro de 2024, a vacina contra a covid-19 no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade. A recomendação é aplicar a primeira dose do imunizante aos seis meses de idade, a segunda dose aos sete meses e a terceira dose aos nove meses. A infecção pelo vírus para esse grupo pode trazer riscos e sequelas graves. Por isso, garantir a vacinação de crianças é um ponto de grande atenção e deve ser levado a sério. Além disso, o ministério propôs novas diretrizes vacinais para os grupos prioritários. Indivíduos com mais de 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas, gestantes e puérperas devem receber doses de reforço semestrais. As doses de reforço são mais uma camada de proteção para grupos de maior vulnerabilidade. Quando infectada pelo vírus, a pessoa vacinada conseguirá combatê-lo rapidamente, pois já tem imunidade adquirida com o imunizante e, assim, na maioria dos casos, a doença evolui para um quadro leve ou assintomático. Já para os demais públicos prioritários, a dose será anual. São eles: pessoas que vivem ou trabalham em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente ou comorbidades, pessoas privadas de liberdade com 18 anos ou mais, funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e população em situação de rua. Quem ainda não se vacinou ou está com alguma dose do imunizante atrasada, procure uma unidade de saúde para iniciar ou completar o esquema vacinal e reforçar a proteção contra a doença. O esquema primário completo consiste em duas doses do imunizante com intervalo recomendado entre as doses de quatro semanas. Já para os que estão com o esquema vacinal primário em dia, e não for do grupo prioritário, não precisa de doses adicionais neste momento. As vacinas ofertadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) para combater a covid-19 são eficazes, efetivas e seguras. Elas possuem autorização de uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e passam por um rigoroso processo de avaliação de qualidade pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição responsável pela análise de qualidade dos imunobiológicos adquiridos e distribuídos pelo SUS. Antes da vacina chegar à população brasileira nas unidades de saúde, ela passa por um processo complexo de distribuição, coordenado pelo Ministério da Saúde.
Entenda porque ainda é preciso vacinar contra a Covid-19
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