
A Eletrobras apresentou uma proposta de acordo coletivo de trabalho aos sindicatos que prevê, entre outros pontos, corte de 12,5% em salários e a autorização para “demissões em massa”, hoje proibidas. As informações são do site G1 . A autorização não significa, necessariamente, que as demissões serão feitas assim que o acordo for assinado. Em nota divulgada ao G1, a empresa disse que não há previsão de “demissões em massa”. E que o que a Eletrobras busca é “rever cláusulas” do acordo coletivo para “implementar politicas de pessoal que estejam em linha com práticas do setor privado” (veja a íntegra da nota mais abaixo). As medidas foram propostas durante a renegociação do acordo coletivo, que vence neste semestre, as discussões começaram já em abril. Caso o novo acordo seja aprovado, com a anuência dos funcionário, a Eletrobras vai poder demitir trabalhadores em massa sem apresentar um plano de demissão voluntária, que garante alguns benefícios àqueles que escolhem se desligar da empresa. Já a proposta de corte dos salários prevista na proposta da Eletrobras vale para os funcionários que recebem até R$ 15,5 mil. Quem recebe esse valor, por exemplo, pode ter um corte de mais de R$ 1,9 mil por mês. A legislação trabalhista atual prevê que salários acima desse patamar podem ser negociados fora do acordo coletivo. O G1 apurou que, ao abrir a negociação, a Eletrobras enviou aos sindicatos uma lista das cláusulas do acordo atual que a empresa “aceitaria” manter na nova versão.