Um pedido de perdão aos imigrantes japoneses e seus descendentes foi aprovado pela Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos, na última quinta-feira (25). A decisão foi motivada pela perseguição que a comunidade nipônica sofreu durante os governos de Getúlio Vargas (1931–1945) e de Eurico Gaspar Dutra (1946–1951), ou seja, o período que contemplou a Segunda Guerra Mundial e seus anos seguintes, que registraram torturas e prisões. Durante a sessão, o Estado brasileiro reconheceu ter ferido direitos humanos ao perseguir a comunidade japonesa, e anistiou os 172 imigrantes presos e submetidos a trabalhos forçados no presídio da Ilha de Anchieta, em Ubatuba, litoral de São Paulo. A sessão contou com a presença do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, que também falou na ocasião. “O reconhecimento desses erros do passado não é apenas um ato de justiça, mas honrar a memória desse triste episódio. Não haverá recuo no que concerne às políticas de anistia. Graças ao trabalho incansável dessa equipe, e aos esforços de todo o governo, nós conseguimos garantir junto aos ministérios da Gestão e Inovação e da Defesa os recursos para que os pagamentos fossem incluídos na previsão orçamentária. Nada irá nos deter pela verdadeira democracia nesse país”, disse o ministro.
Comissão de Anistia pede perdão aos japoneses perseguidos no Brasil durante Segunda Guerra Mundial
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