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Brasil registra morte por coqueluche após três anos

Foto: Getty Images

O Brasil recentemente registrou uma morte causada por coqueluche, marcando o primeiro óbito pela enfermidade no país em três anos. As informações são do Tribuna da Bahia. A doença, uma infecção respiratória aguda provocada pela bactéria Bordetella pertussis, é altamente contagiosa e pode ser especialmente grave para lactantes, levando a complicações severas e, em alguns casos, à morte. Desde o início da pandemia de Covid-19 em 2020, o Brasil tem registrado um Coeficiente de Incidência de coqueluche . A pandemia influenciou significativamente a notificação de casos, resultando em uma queda substancial em 2020, seguida por um aumento em 2022 e uma nova redução em 2023. Em 2024, o país tem observado um aumento no número de casos nas regiões Sul e Sudeste, embora os números ainda não sejam alarmantes. De acordo com os dados de 2023 e 2024, exceto por um caso confirmado em Salvador em 2023, as análises de culturas e PCR realizadas pelo Lacen não detectaram coqueluche. No mesmo período, observou-se um aumento no número de casos positivos para rinovírus, mas não foram registrados óbitos por coqueluche até agora. Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em 2021 69 casos foram notificados e 12 confirmados. Já neste ano, houve notificações de oito casos, mas nenhum foi confirmado. O período de incubação da coqueluche varia de 5 a 10 dias, podendo se estender até três semanas e, em raros casos, até 42 dias. A fase catarral da doença é a mais transmissível, com a transmissão ocorrendo desde dois dias após o contato com o doente até três semanas após o início da tosse paroxística. Para lactantes com menos de 6 meses, o período de transmissibilidade pode se prolongar por 4 a 6 semanas após o início dos sintomas. Vânia Rebouças, coordenadora de doenças imunopreveníveis do Estado, destacou a importância das vacinas na prevenção da coqueluche e alertou sobre o aumento de casos na Europa. “No Brasil, a incidência da coqueluche tende a ser maior durante a primavera e o verão. O homem é o único hospedeiro conhecido da Bordetella pertussis,” explicou Rebouças. Ela ressaltou que o calendário nacional de vacinação inclui a vacina Penta Valente, oferecida a crianças a partir de dois meses, com um esquema de três doses aos dois, quatro e seis meses, além de reforços adicionais aos 12 e 15 meses. A vacina DTP-A, destinada a gestantes, também oferece proteção aos recém-nascidos nos primeiros meses de vida. Além disso, a vacina DTP-A é recomendada para trabalhadores da saúde, especialmente aqueles que atuam na pediatria e neonatologia. A pneumologista Larissa Sadigursky explicou que a coqueluche se divide em três fases distintas: Primeira fase Inicial: “Os sintomas iniciais são geralmente inespecíficos, incluindo mal-estar generalizado, dor no corpo, febre baixa e uma tosse discreta. Esta fase pode ser confundida com outras infecções respiratórias”, afirmou Larissa; Segunda fase Paroxística: “Esta fase é a mais característica da coqueluche e é marcada por uma tosse intensa, com estridor e, muitas vezes, vômitos associados. Os pacientes experimentam uma tosse severa e prostração significativa”, detalhou a pneumologista. Terceira fase de Convalescência: “Na fase de convalescência, a tosse pode persistir por até oito semanas ou mais, mas melhora progressivamente com o tempo”, acrescentou.

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