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Área do bioma Caatinga é o novo lar de 200 jabutis cuidados pelo Cetas do Inema

Foto: Divulgação/Inema

O Centro Estadual de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), vinculado ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), deu prosseguimento ao seu compromisso com a reabilitação e reintrodução de animais silvestres no ambiente natural. No último sábado (9), foi realizada a soltura de 200 jabutis-piranga na Área de Soltura de Animais Silvestres (Asas), localizada na região Norte da Bahia. Os animais estavam sob os cuidados do Cetas, após serem resgatados de situações de maus-tratos, comércio ilegal ou recebidos por entrega voluntária de criadores. Com uma extensa vegetação do bioma Caatinga, o novo lar dos jabutis apresenta todas as características necessárias para a sua sobrevivência e desenvolvimento. O médico veterinário do Cetas/Inema, Paulo Bahiano, explicou que os animais foram selecionados com base em testes de comportamento, avaliação física e clínica. “Antes de voltarem à natureza, todos os jabutis passaram por exames laboratoriais e receberam um microchip para a identificação de cada individuo. O trabalho não termina com a soltura, continuaremos monitorando estes animais e realizando a coleta sistemática de dados para aperfeiçoamento de metodologias e procedimentos direcionados especificamente a esta espécie”, explicou. A ação contou com a participação da diretora-geral do Inema, Maria Amélia Lins, que destacou a soltura como um marco para a conservação da fauna na região. “O Governo do Estado não tem medido esforços e investimentos quando se trata de políticas e estruturas voltadas à proteção dos animais silvestres e de seus habitats. Os Cetas têm sido fundamentais neste processo, realizando o trabalho de resgate, tratamento e reintrodução, inclusive de algumas espécies ameaçadas de extinção”. A diretora também falou sobre o comprometimento da equipe que atua na gestão de fauna. “É importante ressaltar que este momento só foi possível graças à dedicação destes profissionais, uma equipe multidisciplinar com a participação de técnicos, veterinários, biólogos, motoristas, entre outros, que são referência em suas áreas de atuação”, completou. Presente em muitos lares brasileiros e criado como doméstico, o jabuti é um animal silvestre que só pode ser adquirido em criadouros legalizados. “A retirada destes animais da natureza, por ação da captura e do comércio ilegal, pode ocasionar na redução da diversidade florística do ambiente, pois eles atuam como dispersores de sementes e no controle de ervas daninhas”, ressaltou a bióloga da Coordenação de Gestão de Fauna do Instituto, Marianna Pinho. Com sedes em Salvador e Cruz das Almas, o Cetas conta com uma equipe multidisciplinar, são especialistas nas mais diversas áreas da gestão da fauna silvestre, além de equipamentos para avaliação e tratamento das condições físicas e de saúde de cada espécie.

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