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Após pedido do MP-BA, advogados baianos têm pedido de prisão por saques fraudulentos de precatórios

Foto: Reprodução

Um grupo de advogados, incluindo profissionais da Bahia, está sendo acusado de fraudar bancos para sacar dinheiro de precatórios judiciais de forma ilegal. Na última quarta-feira (28), três desses advogados tiveram a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).De acordo com a investigação policial, o Banco do Brasil e bens particulares foram alvos dessas fraudes. Entre os acusados estão Lais Andrada Barros, Paulo Kleber Carneiro de Carvalho, Liz Fádua Fernandes da Silva, Hermias Pereira da Silva Júnior, Felipe Lima de Jesus, Lucas Carneiro Almeida e Thiago Rogers Pereira da Cruz. O grupo é acusado de crimes como corrupção ativa, participação em organização criminosa e estelionato. Lais Andrada Barros, Paulo Kleber Carneiro de Carvalho, Liz Fádua Fernandes da Silva e Hermias Pereira da Silva Júnior tiveram a prisão decretada pelo juiz Cidval Santos Sousa Filho. A investigação começou com o Ministério Público Federal (MPF) e depois passou para o Ministério Público da Bahia (MP-BA), com a ajuda do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco). Em 2022, a Polícia Federal concluiu, após investigação, que havia provas suficientes dos crimes. O relatório da polícia sugeriu que o caso fosse encaminhado a um promotor de Justiça especializado em crimes contra a administração pública. As ordens dos advogados da Bahia e de São Paulo foram notificadas sobre os advogados envolvidos, para que tomassem as providências cabíveis. Além disso, o Banco do Brasil também foi informado sobre as condutas criminosas atribuídas a Lucas Carneiro de Almeida e Thiago Rogers Pereira da Cruz. Os acusados Lais Andrada Barros, Paulo Kleber Carneiro de Carvalho, Liz Fádua Fernandes da Silva e Hermias Pereira da Silva Júnior foram convocados pela Justiça, mas não responderam. De acordo com o Gaeco, Liz Fádua e Paulo Kleber eram os líderes do grupo, responsáveis por organizar os crimes e falsificar documentos das vítimas. Lais Andrada, que trabalhava no escritório de Paulo Kleber e era de sua confiança, foi escolhida para ser a procuradora das procurações falsificadas e responsável pelos saques ilegais nas instituições bancárias. Após sacar o dinheiro, Lais Andrada dividia os valores com os outros membros do grupo, conforme orientações de Paulo Kleber. Segundo o MP-BA, Lais embolsou R$ 15.930,01 após as divisões. Uma tabela anexada à denúncia mostra que Paulo Kleber ficou com R$ 235.409,80; Lucas Almeida com R$ 92.643,26; Felipe Jesus com R$ 15.786; Liz Fádua com R$ 213.444,97, além dos R$ 15 mil recebidos por Lais Andrada. Um dos acusados, Paulo Kleber Carneiro de Carvalho, já se envolveu em situações polêmicas. Em 2019, ele discutiu com a juíza Isabela Kruschewsky, da Comarca de Salvador. A discussão foi gravada e, no áudio, Paulo Kleber se irrita ao ser chamado de desonesto e perigoso pela juíza, acusando-a de favorecer os bancos em seus julgamentos. Em outro caso, Paulo Kleber foi acusado de disparar uma arma em via pública, em Porto Seguro. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) o acusou de porte ilegal de arma e desacato após uma confusão na cidade.

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