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Alimentação escolar no sudoeste baiano ganhará reforço com produtos da agricultura familiar

Foto: Marta Medeiros

Nesta segunda-feira (18), foi realizado um encontro no Colégio Estadual Professora Heleusa Figueira Câmara, em Vitória da Conquista, com diretores e diretoras das escolas estaduais do território sudoeste baiano, dirigentes e equipes técnicas da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). O objetivo foi debater formas de tornar a alimentação escolar mais nutritiva e diversificada, especialmente, com a inserção de novos produtos da agricultura familiar. Para garantir alimentos de qualidade e nutritivos para estudantes da rede estadual de ensino, o Governo do Estado destinou R$ 410 milhões para a alimentação escolar, no ano letivo de 2024. Desses, R$ 92 milhões foram por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). “Hoje, tivemos um encontro muito importante. Reunimos gestores da rede estadual de ensino e a agricultura familiar do território, que tem potencial para fornecer produtos para a alimentação escolar, que foram apresentados. Esse são, também, compromissos da CAR: a alimentação saudável dos estudantes e o apoio à agricultura familiar, garantindo o desenvolvimento integral dos alunos e contribuindo para a geração de renda de milhares de famílias de agricultores e agricultoras”, destacou o diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro. Lenira Figueiredo, diretora-geral do Núcleo Territorial de Educação (NTE), do sudoeste baiano, demonstrou entusiasmo pela ampliação dessa ação: “nós somos grandes entusiastas da agricultura familiar e da boa alimentação das escolas. Acho que os estudantes merecem. Essa parceria em que os diretores podem, de fato, ver o produto e fazer negócio nessa feira é muito importante e superou, em muito, as nossas expectativas, porque os agricultores atenderam ao nosso chamado e os diretores também”. Ellen Caires, diretora do Colégio Estadual José Moreira Cordeiro, do município de Cordeiros, ressaltou que esse evento foi importante para que gestores e gestoras da rede estadual de ensino pudessem conhecer outros produtos para ampliar a quantidade de produtos da agricultura familiar e melhorar a alimentação escolar: “nós já utilizamos produtos in natura, farinha de mandioca, biscoitos, tapioca, polvilho azedo, e adquirimos direto dos produtores. Isso faz com que a alimentação escolar ganhe em qualidade”. Celene Marinho, da Associação Vila Corina, do município de Encruzilhada, falou sobre a importância dessa parceria com o Estado, no âmbito do Pnae, que viabiliza o escoamento da produção e incentiva a diversificação das culturas. Hoje, a associação produz aipim, mandioca, café, abóbora, melancia, cenoura, tomate, que antes não produzia, e passou a produzir e a entregar para as escolas. Ela ressaltou que o preço pago pelo Estado é justo. “É um incentivo para homens e mulheres e, também, para os nossos jovens, filhos de agricultores e agricultoras, para continuarem o trabalho no campo. Nós somos muito importantes, porque nós, da agricultura familiar, somos responsáveis por colocar na mesa do consumidor 70% dos alimentos consumidos”, enfatizou Celene. O diretor do Colégio Estadual de Ribeirão do Largo, Higgo Lopes, ressaltou o quanto esses produtos da agricultura familiar têm feito diferença na alimentação de estudantes. “Desde 2009, com a obrigação da gente contratar 30% do mínimo da agricultura familiar, a gente viu um avanço na qualidade nutritiva da alimentação dos nossos alunos. Hoje, a gente aplica 100% do recurso na agricultura familiar e a gente vê um ganho substancial no dia a dia da escola. A gente consegue oferecer uma alimentação mais nutritiva, mais saudável e, ao mesmo tempo, a gente consegue fazer com que o agricultor também produza e tenha a garantia de que seu produto vai ser adquirido pela nossa escola”.

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