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População do Norte e Nordeste leva até 8 meses e meio para custear a CNH, aponta Senatran

Foto: Shutterstock

A conquista da primeira Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ainda é um desafio para grande parte da população nas regiões Norte e Nordeste do país. Segundo levantamento da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), moradores desses estados precisam trabalhar por até 8 meses e meio para reunir o valor necessário para obter o documento, considerando que apenas 30% da renda mensal familiar seja destinada a esse objetivo. Nos estados do Acre e da Bahia, o tempo médio estimado chega a 8 meses, enquanto no Maranhão e no Amazonas o período seria de cerca de 7 meses. O cálculo segue o critério de referência utilizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), segundo o qual comprometer até 30% da renda é considerado financeiramente saudável para evitar o risco de endividamento. O levantamento evidencia as desigualdades regionais no acesso ao documento. Enquanto nas regiões Norte e Nordeste o custo da habilitação representa um esforço prolongado, em estados como São Paulo e no Distrito Federal o valor equivale a pouco mais de meio mês de renda, podendo ser custeado em até dois meses de trabalho. Nessas localidades, o processo é mais acessível e tem menor impacto no orçamento familiar, permitindo que o gasto com o documento não interfira nas despesas básicas e no bem-estar das famílias. Para chegar aos resultados, a Senatran considerou os valores cobrados pelos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) e autoescolas, cruzando os dados com o indicador de renda domiciliar per capita do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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