SaúdeNotícias

Ministério vai usar fêmeas de aedes aegypti com larvicida para combater dengue

Foto: Fiocruz Amazônia

O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, emitiu uma nota técnica pela qual oficializa a utilização das EDL’s (Estações Disseminadores de Larvicidas) como estratégia nacional para o controle do Aedes aegypti e do Aedes albopictus, vetores da dengue e outras arboviroses, em áreas estratificadas de risco de cidades de todo o país. A tecnologia EDL foi desenvolvida pelo Núcleo de Patógenos, Reservatórios e Vetores na Amazônia (PReV Amazônia) do Laboratório Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia (EDTA) da Fiocruz Amazônia. As estações disseminadoras utilizam a fêmea do mosquito como aliada na dispersão de larvicida, capaz de impedir a proliferação dos focos do transmissor da dengue, zika e chikungunya. O objetivo do Ministério da Saúde é replicar em nível nacional a tecnologia, que utiliza água em um pote plástico de dois litros recoberto por um tecido sintético impregnado de larvicida. A armadilha atrai as fêmeas do Aedes aegypti para colocar ovos e ao pousar elas se impregnam com o larvicida presente nas estações. Essas fêmeas, impregnadas com larvicida, ao visitarem outros criadouros acabam contaminando outros recipientes com o inseticida, o que impede o desenvolvimento das larvas e pupas, reduzindo a infestação e, por conseguinte, o avanço da doença. A estratégia já foi testada e aprovada com resultados comprovados em 14 cidades brasileiras, de diferentes regiões do país. A nota técnica explica que o Ministério da Saúde tem fomentado e acompanhado o desenvolvimento de novas estratégias para vigilância entomológica e controle de Aedes aegypti. A nota explica ainda que a reunião possibilitou a publicação do Boletim Epidemiológico Volume 47, nº 15, que recomendou a avaliação de novas tecnologias de controle de vetores, dentre elas as EDLs.

Enviar: