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Homem denúncia suposto golpe de clínica que aborda clientes de supermercado

Foto: Freepik

Um homem de 51 anos circulava por um supermercado de Salvador para fazer compras, quando foi abordado pela equipe de uma suposta clínica oferecendo tratamentos psicológicos. As ofertas eram de pacotes com atendimentos semanais por um ano. Após assinado o contrato e pago pelo serviço, o paciente não conseguiu mais contato com a empresa. O caso aconteceu no dia 17 de julho deste ano, enquanto ele fazia compras em uma unidade do Assaí Atacadista, na Avenida Luís Viana Filho, a Paralela. A clínica se identificava como Psique Serviços de Psicologia e Terapia LTDA, que ofereciam um pacote anual de serviços psicológicos. Convencido da proposta, ele realizou o pagamento de R$ 478 para a oferta de nove sessões mensais durante um ano. Mas, ao tentar utilizar o serviço, o cliente não conseguiu agendar nenhum atendimento. Eliomar Conceição enfrenta depressão e relatou o caso à Rádio Metropole. Após a contratação, Eliomar tentou, diversas vezes, marcar consultas por meio do WhatsApp fornecido pela clínica, mas as respostas eram enviadas apenas após o horário de atendimento, informando que ele deveria tentar novamente no horário comercial. Ele chegou a ir até o endereço Psique, na Avenida Sete de Setembro, informado no WhatsApp da clínica, mas chegando lá também não encontrou representantes da clínica e foi informado que não era o primeiro a ir até o local com esse problema.

A reportagem tentou contato com a clínica, mas não obteve retorno. No contrato do serviço, documento ao qual o Metro 1 teve acesso, o endereço informado pertence a uma empresa em São Paulo. Além disso, nenhum dos números de contato fornecidos no documento estava ativo ou direcionava ao atendimento prometido. Já o Assaí informou que realizou a locação temporária de um estande para a Clínica Psique, mas que não há vínculo com a empresa. “Todos os documentos legais necessários para a locação foram analisados e a clínica foi autorizada a montar o seu espaço”, diz a nota enviada pela rede de supermercados, que afirmou ainda estar buscando contribuir para uma solução. Procurado, o Conselho Regional de Psicologia da Bahia reiterou uma nota pública da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF), destacando o surgimento de denúncias de serviços ofertados por pessoas que se intitulam como psicólogos sem ter inscrição neste Conselho.

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